Muitas pessoas o consomem, mas não sabem quanto tempo dura o efeito do energético. Outras dúvidas, como quantos tomar por dia, mecanismo de ação no organismo, se o produto faz bem ou mal à saúde e os prós e contras desse tipo de bebida, são frequentes.
Essas são algumas das perguntas respondidas neste artigo para você conhecer as vantagens e desvantagens do consumo de energéticos, com tudo que precisa saber para escolher um bom produto.
Resumo:
- A função do energético é agir como estimulante após o consumo. A bebida melhora a atenção, o raciocínio, o estado de alerta e a concentração, assim como o desempenho físico1-2.
- Embora o efeito desejado seja benéfico para a função cognitiva e atividades cardiovasculares, o consumo em excesso pode trazer riscos à saúde1.
- Em geral, a recomendação é não consumir mais que uma lata por dia, e é importante dar um intervalo de, pelo menos, 12 horas entre as doses para evitar superdosagem de cafeína1.
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Boa leitura!
Quanto tempo dura o efeito do energético após o consumo?
O tempo do efeito do energético após o consumo varia conforme a bebida e a quantidade ingerida. A absorção total da cafeína leva até 12 horas. Durante esse período, continua a afetar o organismo. Além disso, quanto maior a dose, mais forte seu efeito1.
Ainda em relação à cafeína, os efeitos começam em cerca de dez minutos, quando a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam. Depois, a concentração da substância atinge o nível máximo em até 45 minutos, o que deixa o organismo mais alerta e disposto1.
Vale apontar que os açúcares ingeridos também promovem um ganho de energia, com uma sensação de euforia moderada ou intensa, conhecida como “sugar rush”1.
O problema é que, assim que o organismo absorve a cafeína, o fígado passa a sintetizar mais açúcares da corrente sanguínea1.
Por isso, depois de uma hora da ingestão do energético, o corpo vai do sugar rush ao “sugar crash”. Ou seja, quando os níveis de açúcar no sangue caem e a euforia passa1.
FAQ sobre energéticos: tire suas dúvidas!
Separamos 12 perguntas frequentes sobre bebidas energéticas para responder as principais dúvidas sobre o tema. Quer descobrir para que servem, como agem e quantos energéticos tomar por dia? Vamos lá!
1. Qual a função do energético?
De modo geral, a função do energético é ser um estimulante para quem o consome, possivelmente para melhorar o foco, o estado de alerta, a atenção, o raciocínio, a concentração e o desempenho físico na prática de atividades que exigem bastante do corpo1.
Essa ação ocorre devido às substâncias químicas que causam esse efeito no organismo humano, como a cafeína e a taurina, principais escolhas dos fabricantes para a composição desse tipo de bebida1.
O amplo consumo da cafeína se deve ao seu efeito estimulante. A substância está presente no café do dia a dia e em muitas outras bebidas. Seus benefícios incluem a melhora na concentração, combate à fadiga, ganho de performance atlética e aumento do estado de alerta e atenção1-2.
A taurina, por sua vez, é um aminoácido ligado à melhoria da oxigenação e desempenho durante a prática de exercícios. A substância pode ajudar na prevenção e na recuperação de lesões musculares, além de combater a fadiga1-3.
2. Qual o efeito do energético no corpo humano?
Embora possa variar conforme a marca e a concentração das substâncias estimulantes na fórmula da bebida escolhida, o efeito do energético no corpo inclui a entrega de uma alta dose de cafeína e outros componentes similares de uma só vez1.
Assim, o corpo pode sentir uma melhora significativa na capacidade cognitiva, com ganho de desempenho físico e mental, além de menos cansaço e melhor percepção das tarefas realizadas, fatores ligados a ação da cafeína2.
Para a taurina, outra substância muito comum nesse tipo de bebida, o estímulo à atividade muscular, além da ação antioxidante, preserva os tecidos da influência nociva dos radicais livres, o que previne lesões e acelera a recuperação após o treino3.
Além disso, é possível sentir aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial após tomar um energético, o que pode ser negativo em caso de consumo excessivo1.
3. Quantos energéticos posso tomar por dia?
Geralmente, a quantidade máxima para consumo diário varia conforme a bebida escolhida. O motivo para essa variação é a composição de cada produto com concentrações distintas dos componentes, como a cafeína e a taurina. Como parâmetro, vale observar que, no caso de Engov UP, a recomendação é tomar no máximo uma lata de 269 ml por dia5.
4. Por que a recomendação é tomar energético moderadamente?
A moderação mantém a ingestão dos ativos em níveis seguros, ao mesmo tempo que permite aproveitar os efeitos benéficos das bebidas energéticas. Por um lado, a alta dose de cafeína pode auxiliar na melhora da memória, aumento do estado de alerta e elevação do humor1.
Simultaneamente, há indícios de que pode estimular a resistência física, aeróbica e o desempenho psicomotor, além do tempo de reação, concentração e armazenagem de informações1.
Em contrapartida, a ingestão de cafeína em excesso pode desencadear problemas nos sistemas nervoso, endócrino, metabólico, gastrointestinal, renal e cardiovascular1.
5. Posso tomar energético todo dia?
Não é possível determinar se o consumo diário é benéfico ou maléfico em longo prazo. Ao seguir um intervalo que permite excretar os ativos entre uma dose e outra, é possível minimizar muitos dos efeitos adversos imediatos1.
A cafeína leva em torno de 12 horas para entrar e sair do organismo. Portanto, esse é o período mínimo, por exemplo, entre uma lata e outra de energético1.
6. Possíveis efeitos colaterais dos componentes de energéticos
Exceder a quantidade máxima recomendada pelo fabricante pode gerar riscos relacionados à superdosagem de cafeína, que é um estimulante poderoso do sistema nervoso central, capaz de influenciar o estado de alerta e vigília, bem como o desempenho cognitivo1.
Apesar de ser um ativo com muitos benefícios, a cafeína também causa efeitos colaterais. No sistema cardiovascular, o excesso pode causar arritmia ventricular, alterações no ritmo dos batimentos do coração e aumento do risco de dilatação arterial1.
Os efeitos adversos para o sistema nervoso incluem ansiedade, insônia, inquietação, dificuldade para repousar, espasmos musculares e distúrbios gastrointestinais, baseado em uma ingestão igual ou superior a 200 mg1.
Se o consumo passar de 300 mg por dia, podem ocorrer alucinações visuais, elevação nos níveis de cortisol e agravamento de transtornos relacionados ao estresse1.
A ação da cafeína de bebidas energéticas sobre os rins merece atenção. Em geral, o ingrediente aumenta a diurese. Ou seja, aumenta a frequência da micção. Dessa forma, acelera a perda de fluidos e pode causar risco de desidratação em atividades de longa duração1.
Por outro lado, vários energéticos contêm alto teor de açúcar na composição. Entre os efeitos adversos nesse contexto, vale apontar a relação da bebida com casos de erosão dentária avançada1.
Outro efeito importante é que consumir açúcar em excesso pode aumentar os riscos de desenvolver obesidade, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e até distúrbios hepáticos1.
7. Tomei energético: posso tomar remédio?
Muitas pessoas têm dúvida se o energético corta efeito de remédio, e a resposta é SIM. A literatura médica sobre o tema ainda não é tão extensa, porém, o que se sabe é que esse tipo de bebida pode influenciar pacientes que usam medicamentos antipsicóticos e antidepressivos10.
A interação com o energético diminui a metabolização e eficiência dos psicotrópicos, drogas que alteram o comportamento, humor e cognição dos pacientes, e pode encurtar o tempo de retorno a centros de tratamento para internações. Portanto, evite essa interação10.
Quem tem pressão alta pode tomar energético?
O consumo de energético não é recomendado para pessoas com pressão alta, pois há evidência científicas de que o energético aumenta a pressão arterial, principalmente devido à ação da cafeína, que, em altas concentrações causa, arritmia, infarto do miocárdio, cardiomiopatia, entre outras alterações ligadas ao sistema cardiovascular11.
Além de as bebidas energéticas influenciarem o quadro de pessoas com doenças cardiovasculares, podem aumentar o risco de problemas em indivíduos saudáveis e sem histórico de problemas cardíacos. Daí a importância do consumo moderado11.
8. Quais os principais riscos do consumo de bebida alcoólica com energético?
O consumo de bebida alcoólica com energético não é recomendado. Basta conferir os rótulos dos produtos para visualizar o alerta. Estudos sobre o tema apontam que os energéticos potencializam os efeitos excitatórios do álcool e, em contrapartida, reduzem os depressores12.
Porém, as alterações no estado de quem faz a mistura varia conforme a dose ingerida e a sensibilidade de cada indivíduo às substâncias12. Os principais relatos em uma pesquisa com 136 voluntários que consumiam bebida com energético foram:
- aumento de alegria (38%)12;
- euforia (30%)12;
- insônia (11%)12;
- desinibição (27%)12;
- vigor físico (24%)12.
A imprevisibilidade reforça a importância do consumo consciente e moderado de ambas as bebidas, preferencialmente sempre separadas12.
9. Quais são os benefícios dos energéticos?
De forma resumida, os energéticos podem ativar o metabolismo, promover o ganho de desempenho, melhorar o raciocínio e a atenção e estimular o estado de alerta1.
Os praticantes de atividades físicas aproveitam os benefícios para conseguir mais disposição durante os exercícios, além de acelerar o tempo de recuperação dos músculos e prevenir lesões1.
Estudantes e jovens adultos podem contar com os benefícios das bebidas energéticas para melhorar a função cognitiva e a concentração em tarefas que exigem disposição mental e raciocínio, desde que consumidos de maneira cuidadosa1.
Leia também: Aprenda como se concentrar nos estudos e auxiliar no aumento do estado de alerta!
10. Quais as desvantagens dos energéticos?
As desvantagens dos energéticos se resumem à alta concentração de açúcares e cafeína, principalmente quando consumidos em excesso. O motivo é que doses elevadas podem provocar ansiedade, tremores, palpitação e outros tipos de mal-estar no corpo1.
Também vale apontar que a cafeína tem efeito diurético, ou seja, estimula a necessidade de ir ao banheiro. Dessa forma, consumir muito energético pode acelerar o processo de desidratação, principalmente para quem costuma misturá-la com bebidas alcoólicas1.
O consumo de açúcares em excesso pode aumentar o risco de obesidade e diabetes tipo 2, além de prejudicar a saúde bucal ao provocar cáries e outros problemas dentários1.
11. O que preciso saber antes de tomar energéticos?
A moderação é a chave para ter bebidas energéticas como aliadas, mas, além disso, é fundamental ficar atento à concentração de cafeína, açúcares, calorias e sódio. Idealmente, procure alternativas zero açúcar, com baixo teor de sódio e poucas calorias1.
Ao mesmo tempo, evite tomar energéticos após ter bebido café ou outro alimento rico em cafeína. Afinal, a soma das dosagens pode ser prejudicial à saúde, com efeitos que vão de dores de cabeça a sintomas de ansiedade, palpitação e tremores1.
Evite tomar qualquer bebida energética antes de dormir, pois esse hábito pode provocar insônia, dificultar o repouso e prejudicar a qualidade do sono — mesmo que consiga se desligar, dificilmente se sentirá renovado quando acordar4.
12. Quando tomar energético pode ser uma boa ideia?
Em quantidades moderadas, de uma a duas latas por dia, o consumo de energéticos pode ser positivo, pois estimula o metabolismo, a atenção, o raciocínio e o desempenho físico.
Além desse cuidado, o consumo é interessante antes de iniciar uma atividade que demande ganho de performance1.
Vale a pena ficar atento ao valor nutricional do energético que escolher. Priorize opções com menos açúcar, sódio e calorias1.
Viu só? Agora você já sabe quanto tempo dura o efeito do energético e a importância de ficar atento à fórmula da bebida para aproveitar suas vantagens, sem sofrer com as desvantagens do uso fora dos padrões recomendados.
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Engov UP. Alimento isento de registro conforme RDC 27/2010.
2. Cappelletti S, Piacentino D, Sani G, Aromatario M. Caffeine: cognitive and physical performance enhancer or psychoactive drug? Curr Neuropharmacol. 2015 Jan;13(1):71-88. doi: 10.2174/1570159X13666141210215655. Erratum in: Curr Neuropharmacol. 2015;13(4):554. Daria, Piacentino [corrected to Piacentino, Daria]. PMID: 26074744; PMCID: PMC4462044. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4462044/. Acesso em outubro/2024.
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