Imagem do post Azia e má digestão: entenda as causas dos desconfortos

A azia e má digestão são problemas comuns que afetam muitas pessoas, seja pelo tipo de alimento, excesso de bebidas irritativas ou distúrbios funcionais, os sintomas variam entre passageiros e persistentes.

Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Gastroenterologia indica que 48% dos brasileiros têm algum sintoma de má digestão. A azia é o mais frequente nas cinco regiões do país, além de tosse seca, queimação, refluxo e mau hálito1.

Esses sintomas não afetam apenas a saúde física, mas também comprometem a qualidade de vida. Entre os entrevistados, 93% afirmaram que têm prejuízos na vida pessoal e profissional1.

A presença constante de desconfortos digestivos interfere na qualidade do sono (74%) e atrapalha o desempenho profissional quando os sintomas surgem durante o horário de trabalho (70%).

O principal risco da falta de tratamento é a piora do quadro, que pode estar associado a doenças, como gastrite e DRGE (doença do refluxo gastroesofágico).

Continue no artigo e entenda as principais causas e sintomas associados à azia e má digestão, como tratar e prevenir esses problemas e a importância de buscar orientação médica adequada em casos específicos.

Resumo:

  • A azia e a má digestão são condições digestivas que causam queimação, dor epigástrica, inchaço abdominal, gases e saciedade precoce2,3.
  • As principais causas desses sintomas são: alimentação inadequada, estresse e hábitos pouco saudáveis3.
  • O tratamento envolve mudanças na dieta, cuidados durante os exercícios físicos e uso de antiácidos3.

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Boa leitura!

O que é azia e má digestão?

A azia (pirose) é uma sensação de dor ardente que se espalha da parte superior do estômago, ou da área atrás do esterno (região do peito), até a garganta. A má digestão (dispepsia) é um conjunto de sintomas causados por dificuldades no processo digestivo dos alimentos2,3.

O quadro de pirose pode ou não ter ligação com o retorno ácido, que é uma das causas da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), uma disfunção que aumenta a frequência da regurgitação, o que pode provocar lesões no esôfago3.

A proporção de casos de azia varia entre 10% e 48% e, quando associado ao retorno ácido, fica entre 21% e 59%3.

No caso da má digestão, o quadro envolve uma série de sintomas, como plenitude pós-prandial (sensação de que os alimentos demoram mais tempo no estômago), saciedade precoce, dor epigástrica e azia. Ou seja, quem tem dispepsia geralmente apresenta pirose3.

A maioria das pessoas não busca atendimento médico. Apesar de não serem problemas de saúde grave, a falta de tratamento compromete qualidade de vida, principalmente se tiver relação com outra condição clínica, como a DRGE, úlcera péptica e gastroparesia3.

Sem um diagnóstico preciso, azia e má digestão afetam a integridade do esôfago em longo prazo. A principal consequência é o desenvolvimento de esofagite erosiva (inflamação), estreitamento do canal esofágico e alterações celulares que podem provocar câncer4.

Quais são os sintomas da azia e má digestão?

Os episódios de azia pontual (menos de duas vezes por semana) começam logo após a refeição, durante a prática de atividade física, ao deitar ou à noite3.

Há casos em que a queimação no peito, sintoma característico, se intensifica duas horas após o consumo de alimentos (pós-prandial), especialmente daqueles com alto teor de gordura, acompanhados de bebidas alcoólicas e frutas cítricas3.

Além da queimação, o paladar fica amargo e o estômago faz bastante barulho. O motivo é a sobrecarga do processo digestivo causada por esses tipos de alimentos, que exigem mais enzimas, suco gástrico e tempo5.

A demora na digestão de gorduras aumenta o nível de acidez estomacal e relaxa a musculatura do esfíncter esofágico inferior (EEI), válvula que separa o esôfago do estômago, e favorece o refluxo ácido e a azia6.

A má digestão, além da pirose, causa:

  • dor epigástrica (na parte superior do abdômen) durante ou após as refeições3;
  • sensação de inchaço na barriga3;
  • saciedade precoce (sentir-se “cheio” rapidamente)3;
  • perda de apetite3;
  • aumento dos gases (flatulências e arrotos)3.

⚠️ Atenção: se tiver sintomas de azia e má digestão ativos por mais de sete dias, em um mês, busque orientação médica, pois é possível haver uma condição clínica associada a esses problemas3.

O que causa azia?

Os fatores que causam azia estão relacionados à alimentação, atividade física e estresse. Veja a seguir como esses pontos afetam o estômago e provocam ou agravam o sintoma.

1. Hábitos alimentares e estilo de vida

Os sintomas de azia e má digestão aparecem/pioram devido ao consumo regular de substâncias ou alimentos específicos, que sensibilizam as células secretoras de ácido e desregulam sua produção3.

Dessa forma, o nível de acidez estomacal sobe e favorece o surgimento da azia e refluxo3. Veja exemplos de alimentos, preparações e substância que causam essa reação em algumas pessoas:

  • abóbora3;
  • álcool3;
  • alimentos gordurosos3;
  • comidas industrializados3;
  • bebidas carbonatadas e gasosas (ex: refrigerantes)3;
  • café (ou outras bebidas com cafeína)3;
  • cebola3;
  • chocolate3;
  • fritura3;
  • frutas verdes (ex: banana)3;
  • leite3;
  • peixes oleosos (ex: salmão, sardinha)3;
  • pepino3;
  • picles3;
  • pimenta3;
  • pimentão3;
  • produtos derivados do trigo3;
  • queijo3;
  • rabanete3;
  • suco de frutas ácidas (ex: abacaxi, acerola, ameixa, laranja, limão, morango)3;
  • tabaco3;
  • vinagre3;
  • melancia3.

Além do tipo de alimento, refeições volumosas, ricas em carboidratos ou gorduras, aumentam a probabilidade de ocorrência da azia3.

Nesse caso, o excesso de comida e bebida aumenta a pressão no estômago e no esfíncter esofagiano, o que abre caminho para o refluxo ácido3.

2. Atividades físicas

Em algumas pessoas, a pressão abdominal gerada pelos exercícios físicos, por exemplo, no agachamento ou movimentos com peso, diminui a capacidade de vedação do esfíncter do esôfago3.

Por isso, quem sente o desconforto não deve ir à academia logo após as refeições, por exemplo, depois do almoço ou lanche da tarde7.

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3. Estresse

O estresse é um fator associado à intensificação de vários distúrbios gastrointestinais, como a azia. A combinação com outros fatores, por exemplo, a má alimentação, contribui para o aparecimento do sintoma3.

Estudos, inclusive, associaram o estresse ao aumento do tempo de trânsito orocecal,  período que o bolo alimentar gasta do estômago até o ceco, a primeira seção do intestino grosso, o que aumenta a incidência de azia8.

Como tratar queimação no estômago?

Os cuidados preventivos contra azia e má digestão são bastante eficazes e focam na eliminação/redução dos fatores de riscos. Veja como tratar azia e má digestão: 

  • fracione a alimentação diária em porções menores3;
  • não pule refeições3;
  • não coma tarde da noite3;
  • reduza a quantidade de gorduras na dieta3;
  • coma entre uma e quatro horas antes do início da atividade física7;
  • aumente a carga dos exercícios na academia progressivamente e com orientação profissional7;
  • não use medicamentos desnecessariamente3;
  • evite alimentos gatilhos (conforme as características individuais) e hábitos, como fumar e beber excessivamente3.

Junto das modificações na dieta e no estilo de vida, os principais medicamentos recomendados são antiácidos isolados ou combinados a outras substâncias3.

O antiácido neutraliza o ácido gástrico e aumenta o pH do estômago, o que alivia azia e má digestão. Os principais ativos com essa capacidade são: carbonato de cálcio, bicarbonato de sódio, sais de magnésio e sais de alumínio3.

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Saiba mais sobre Engov

1. Pesquisa indica que quase metade dos brasileiros sofre com má digestão [Internet]. Associação de Gastroenterologia do Rio de Janeiro. 2018. Disponível em: https://socgastro.org.br/novo/2018/10/pesquisa-indica-que-quase-metade-dos-brasileiros-sofre-com-ma-digestao/. Acesso em agosto/2024.

2. Information NC for B, Pike USNL of M 8600 R, MD B, Usa 20894. Heartburn and GERD: Overview [Internet]. www.ncbi.nlm.nih.gov. Institute for Quality and Efficiency in Health Care (IQWiG); 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK279254/. Acesso em agosto/2024.

3. Guia de prática clínica: sinais e sintomas do trato gastrointestinal: azia (acidez/pirose) e dispepsia. Conselho Federal de Farmácia – Brasília: Conselho Federal de Farmácia; 2020. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/Azia%20-%20Profar.pdf. Acesso em agosto/2024.

4. Kristle Lee Lynch. Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) [Internet]. Manual MSD Versão Saúde para a Família. Manuais MSD; 2022. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/dist%C3%BArbios-esof%C3%A1gicos-e-de-degluti%C3%A7%C3%A3o/doen%C3%A7a-do-refluxo-gastroesof%C3%A1gico-drge#Sintomas_v754112_pt. Acesso em agosto/2024.

5. Alimentação pré-exercí­cio e sintomas de desconforto gastrointestinal durante treinamento de natação [Internet]. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/408/40817409.pdf. Acesso em agosto/2024.

6. World Gastroenterology Organisation (WGO) The WGO Foundation (WGO-F) WGO Handbook on HEARTBURN: A Global Perspective [Internet]. Disponível em: https://www.worldgastroenterology.org/UserFiles/file/WDHD-2015-handbook-final.pdf. Acesso em agosto/2024.

7. Rabelo M, Laí­s Ripardo Fernandes, Cristina R, Carneiro C, Cunha A. Alimentação pré-exercí­cio e sintomas de desconforto gastrointestinal durante treinamento de natação. RBNE - Revista Brasileira de Nutrição Esportiva [Internet]. 2020. Disponível em: https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1593. Acesso em agosto/2024.

8. Lira CAB de, Vancini RL, Silva AC da, Nouailhetas VLA. Efeitos do exercício físico sobre o trato gastrintestinal. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2008 Feb;14(1):64–7. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbme/a/9fbDcCPGLdWp8CpTCthrdnd/. Acesso em agosto/2024.

9. Hypera Pharma. Engov: Analgésico para dor de cabeça, mal-estar e indisposição. [Internet]. engov. 2023. Disponível em: https://www.engov.com.br/produto/engov. Acesso em agosto/2024.

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